Bailarino de Yang - 34cm

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Bailarino entalhado em graveto de madeira e pintado a mão pelo artista Yang da Paz Farias, de Ilha do Ferro - AL.
34cm de altura.

 

Conheça mais sobre a obra:

Matéria prima e inspiração. São os elementos que se unem nas mãos jovens da segunda geração de artistas da Ilha do Ferro, onde a presença marcante da natureza no cotidiano incita toda e qualquer criação. A pesquisa de raízes e pedaços de madeira morta vão dando contornos às obras que nascem do olhar atento e imaginário lúdico da nova escola de escultores ribeirinhos. Assim traçam a dinâmica local: madeira e criatividade transformados em obras de arte.

Herdeiro de uma originalidade entregue quase como herança genética Yang Farias é parte dessa geração. Mas na verdade, são os galhos caídos de pereiro, craibeira, mulungu e umburana que utiliza - e outras madeiras quando as encontra mortas - que indicam os caminhos formais e figurativos de suas criações. Escultor de imaginários, ainda na adolescência correu atrás de encontrar sua linguagem estética. Conseguiu conquistar uma identidade traduzida em delicados bonecos, longelíneos e achatados, de olhos abertos e bocas miúdas na figura de bailarinos com mãos livres e pernas longas que carregam em si a leveza do artesão.

Os materiais obtidos em idas aos riachos, margens do rio e terras onde os donos lhe dão permissão para procurar e retirar madeiras mortas, tornam-se cada dia mais escassos. O pai, Petrônio, um dos mais reconhecidos artistas da Ilha, se dedica, solitário, ao replantio. "Ainda tem artesão que trabalha com madeira verde. Derrubando árvore. A gente sabe que isso é um processo. Falta muita conscientização da necessidade de plantar hoje para ter material para trabalhar amanhã. O Mulungu, se plantar hoje já pode usar daqui 10 a 20 anos. Pereiro também. A imburana demora muito tempo pra crescer e muito tempo pra morrer. Se ela é morta hoje vou conseguir trabalhar com ela daqui há uns 20 anos. Ela demora muito para secar. Do contrário ela vai rachar pois tem muita umidade. Precisa ser feito um trabalho de regeneração do meio ambiente. Pai já faz isso." Com a madeira em mãos, Yang lança mão da criatividade, do facão, da faca e da serra para dar forma às criações que, em seguida, recebem acabamento na lixa e por fim tinta para dar mais vida. (artesol.org.br)